
O baseball é composto por dois jogos lentos, um no campo, onde durante nove
innings a equipa que ataca (a do batedor) tenta mandar homens geralmente pouco atléticos conquistar bases e regressar a casa (base 1, base 2, base 3, casa) enquanto a bola batida e os defesas andam longe; e outro nas bancadas, onde uns milhares de pacholas mamam jolas em

série, conversam e ocasionalmente manifestam emoções sobre o que se passa lá em baixo.
Balls, strikes, pitchers, batters, bases, runs, closers, anda lá tudo no meio.
Depois há os Chicago Cubs, uma equipa antiga que joga em casa em Wrigley Field, um estádio velhinho em Lake View (bairro de Chicago, para norte do Loop) que tem mais de 90 anos. Leva mais de 40.000 espectadores e nos prédios à volta os proprietários fazem dinheiro a alugar os

terraços em dias de jogos. Os terraços têm bancadas, a propósito.
Os Cubs são uma equipa estranha. Antes de mais, não ganham o campeonato de baseball norte americano (modestamente chamado de World Series) desde 1908. Mesmo assim, o estádio costuma encher e os adeptos vivem uma mística masoquista com o clube. Além disso, chamam-se ursinhos

a eles próprios. Depois, o público tem o hábito de devolver as bolas dos
home runs (uma bastonada violenta do batedor que atira a bola directamente para a bancada enquanto os atacantes calmamente regressam a casa para pontuar) da equipa adversária, hábito aparentemente único no baseball e que implica que geralmente a maioria das bolas à bancada em Wrigley Field são devolvidas à procedência. É chato!