26 junho, 2006

Soccer

O futebol (ou soccer, como aqui se diz) não goza de grande popularidade por estas bandas. Há até um sentimento, nalguns casos um trauma, anti-soccer. Baseball, basketball e football (futebol americano) repartem as preferências desportivas do público dos EUA, estando o próprio hockey no gelo acima do futebol nas audiências.

Um exemplo: Os Chicago Fire (equipa de futebol) estrearam a semana passada o novo estádio, estilo europeu, equipamentos e tecnologias de ponta e... capacidade para 20.000 espectadores. Compare-se com a dimensão dos estádios dos principais clubes europeus ou sul-americanos: é muito pequeno. Compare-se com a dimensão do também moderno Soldier Field, "casa" dos Chicago Bears (futebol americano), de 67.000 espectadores: de novo muito pequeno.

É por isto que o Campeonato do Mundo que agora acontece baralha o público dos EUA e mexe com o seu orgulho de nação poderosa. É que por muito que chamem World Series (?) a jogos de baseball entre equipas norte-americanas, a este público irrita que o resto do mundo ignore ou não saiba sequer as regras destes desportos (exceptuando claro o basketball, que apesar da beleza e espectacularidade que proporciona não tem a capacidade de juntar todos os continentes em simultâneo para ver a equipa nacional jogar). Irrita-o também que a selecção dos EUA não se aproxime sequer da vitória na única modalidade desportiva que consegue ter, por si só, um campeonato e uma visibilidade praticamente globais.

Ainda assim, os homens do soccer nos EUA esforçam-se, claro. Com alguns lirismos: o jogador Landon Donovan (rotulado muitas vezes de "ex-promessa fracassada") assegurava ao povo americano, numa entrevista bem humorada (à qual tive a sorte de assistir) uns dias antes dos Checos lhes espetarem três secos, que a Team USA merecia todo o apoio porque podia derrotar qualquer equipa deste Campenato Mundial em qualquer dia. E com alguns lapsos: o reformado Lallas, agora comentador residente de um canal desportivo, dizia hoje de manhã que Portugal dificilmente passaria a Holanda e que era uma selecção da qual muito se falava mas que nunca tinha feito nada de assinalável nem no Campeonato Mundial nem no Europeu. Falta de trabalho de casa e de sentido de oportunidade... ainda nem há dois anos estivemos numa final (que tenho tentado esquecer mas não consigo) e há já uns tempos que a sorte nos sorri contra os holandeses.

Em todo o caso, não posso deixar de louvar estes paladinos do soccer que fazem o que podem num país que teima em não lhes dar importância. Chegar mais longe na World Cup seria um passo de gigante na conquista do público dos EUA. Por isso, depois da surpresa que foi a ida aos quartos em 2002 (com a preciosa colaboração lusitana...) e como passam a vida a jogar contra equipas de pequenos países da América Central, alimentavam ingenuamente expectativas sérias de chegar mais longe, quem sabe à final. Sem ter a noção de que a qualidade futebolística dos jogadores dos EUA dificilmente poderia bater não só os poderosos históricos (Brasil, Argentina, Alemanha e Itália) como os temporários, ou "poderosos de segundo plano", (República Checa, Inglaterra, França, Portugal, México, Holanda, Espanha, etc.), estes paladinos levaram um verdadeiro balde de água fria.

Quanto ao que mais importa agora, Portugal está nos quartos de final. Muito desfalcado, depois de um jogo duro e onde o fair play nem sempre existiu, mas com esperanças de bater outra selecção difícil contra quem temos, num passado recente, atingido bons resultados.

Ao lado, a foto do típico kit-emigra-tuga-apoiante-da-selecção-em-bares-irlandeses-de-qualquer-grande-cidade-do-mundo.

13 junho, 2006

Em Chicago também há...

...praias. Não são Porto Santo, o Algarve ou mesmo a nossa Caparica, mas os rapazes esforçaram-se, deram o melhor uso que puderam ao lago e só por isso merecem um cumprimento. E os arranha-céus em pano de fundo dão alguma graça.

06 junho, 2006

Michigan Avenue

Já foi um entreposto comercial índio, já se chamou Pine Street, agora é um dos maiores hinos mundiais ao consumismo e à arquitectura.

Esquerda - Direita; Cima - Baixo

Michigan Avenue Bridge e Chicago River ao final da tarde
Pormenor da Michigan Avenue Bridge, S-N, cowboy a aviar índio
Michigan Avenue N-S, da Water Tower até à ponte com sinais verdes a dominar
Water Tower (William Boyington, 1867-1869 - uma sobrevivente do incêndio de 1871)
Pormenor da Tribune Tower
JC acarta relógio à entrada da Tiffany & Co.
Sax na Michigan
S-N a partir da ponte: Wrigley (esq.), J. Hancock Center (ao fundo, antes do cerco do nevoeiro) e Tribune Tower (dir.)



01 junho, 2006

Sé de Lisboa

Durante a invasão de Lisboa, liderada por D. Afonso Henriques, a mesquita almorávida foi destruída. No mesmo lugar foi construída, durante a segunda metade do século XII, a Sé.
O estilo românico é de autoria de mestre Roberto. Robusta e fortificada, a estrutura da Sé foi inspirada pela vitória militar e sofreu várias alterações ao longo dos séculos.