O pai do monetarismo e líder da escola económica de Chicago morreu esta semana em S. Francisco, com 94 anos e vítima de ataque cardíaco, deixando Rose Friedman viúva. O monetarismo, ao contrário do paradigma keynesiano vigente desde a Grande Depressão, defendia que a intervenção na economia se deveria restringir ao controlo da emissão de moeda para regular a inflação e o crescimento.
Friedman notabilizou-se na Universidade de Chicago, onde trabalhou entre 1946 e 1976, marcando o pensamento económico e político das últimas duas décadas do século XX decisivamente. Trabalhou nas áreas macro e micro económica, na história económica e na estatística. A hipótese do rendimento permanente, desenvolvida em 1957 (introdução de perspectiva dinâmica nos padrões de consumo), e a crítica à curva de Phillips (ou de Fisher) foram alguns dos trabalhos que notabilizaram Friedman e contribuíram para a formação da doutrina neoclássica.
“What kind of society isn't structured on greed? The problem of social organization is how to set up an arrangement under which greed will do the least harm; capitalism is that kind of a system.”
